terça-feira, 1 de setembro de 2009

Tesouro esquecido

O vento leva a areia da praia, distante dos olhos
perto do coração.

São pedrinhas pequeninas grãos inacessíveis,
mas como doem os olhos!
No entanto o baú permanece ali enterrado, debaixo de sua terra,
em meio à selva selvagem. O caminho até seu esconderijo é longo...

Quanta força é necessária para carregá-lo?
Como retirá-lo desse buraco?

São necessárias várias mãos para satisfazer desejos,
ânsias por um mundo novo, por novas riquezas
reluzem nos olhos de seus desbravadores.

Com as armas afiadas adentram areia afora,
apesar da ventania,
dos pequenos grãos que ainda permanecem em suas vestes.

O baú encontrado, desenterrado de seu caminho é revirado.
Ávidos piratas o saqueiam, procurando o brilho de suas pedras
Brilhantes que permanecem em seus olhos.
O cansaço superado, ostentam grandeza
sorrisos emaranhados entre folhas, arbustos e gramados.

Atentos observam o começo da nova vida. Entreolham-se seus descobridores.
Certos que um dia a riqueza acaba.
Certos que a nova vida não termina.
Certos que a certeza encabeça a mente dos puros de maneira a se destoar do límpido azul do céu.
Certos da vitória da nova vida, desmontando temores.

Certos, certos, certos, pois a vida é feita de acertos, erros só marcam presença.
Fazem crescer ainda mais a vontade de acertar.

O tesouro esquecido pertence a novos donos,
Conscientes de seu uso parcimonioso
Entendem seu valor, criando novas oportunidades
de gerá-lo sem causar dor.