Rainha que és, rei que sou,
me enobrece a realeza, por viver no meu reinado
Suas festas, suas danças encantam cortesãs e cortesões,
purifica nobres e plebeus que em teu recinto esperam entrar.
Suas igrejas e domus visitam os sonhos de quem um dia,
desejou ver teus labirintos.
Teus artesãos teus artistas,
Teus pintores e escultores,
Teus ourives e carpinteiros,
Lavradores da terra que em teus feudos residem,
o trabalho redobrado em ciclos da terra.
Cultivam, cativam, terminam, recomeçam.
Produto ou serviço,
Cansaço ou valentia,
Panorama longe que ao lado que é teu,
ao lado que é meu,
Completam e surgem na flor, à flor, à luz
no êxtase,
na palavra,
no verbo,
no veio da terra,
no estremecer de todo o canto,
Uma voz ecoando, como o sino da catedral,
voando e ecoando em suas casas.
O dia foi-se para ti, com a ponta do sol de amanhã,
que adormecido espera teu novo rubor.