sexta-feira, 16 de abril de 2010

Oh ray! It is tied nude!

O que quero dizer com esse título?

Demonstro minha constatação sobre um fato que está ocorrendo no mundo há alguns anos

O padrão áureo já se foi, mas a crença que ainda existe uma moeda ou ativo que seja seguro permanece.

Em 1974 a igualdade entre dólar e ouro terminou mas ainda vemos resquícios desse conceito no mundo quando comparamos as economias aos Estados Unidos ou à Europa.

O grande fato que está ocorrendo hoje é que:

Os EUA continuamente têm demonstrado que suas bases sólidas não são tão sólidas assim;

A EUROPA por sua vez têm demonstrado que também não consegue prever tudo o que vai acontecer no mundo.

Poderia comparar a maneira como o americano trabalha e o europeu.

O americano trabalha observando o presente, ajustando continuamente à vida em relação ao ambiente. Uma plasticidade invejável!

O Europeu trabalha observando o passado, prevendo o futuro. Uma cultura imensurável!


E os chineses?
E os indianos?
E os russos?
E os brasileiros?

Esses caminham por estradas paralelas, como se acompanhassem de longe a travessia desses dois companheiros.

Vale lembrar que o BRIC consegue ter uma visão, dessa maneira voltada ao passado próximo, presente real e futuro estabelecido.

A analogia mais precisa seria uma corrida onde EUA e EUROPA correm na mesma pista enquanto os BRIC correm por estradas individuais.

Assim quando os quatro corredores (BRIC) conseguirem chegar bem próximos da estrada do EUA e EUROPA, esta chegará a seu fim, portanto caberá aos quatro jogadores construir nova estrada.

A tradução da frase acima diz:
"Oh raios! Ele está amarrado nu!"
ou Oh (O) ray (rei)está nu!

domingo, 4 de outubro de 2009

Uma vez de felicidade

Sentir tua boca pela eternidade
é o fardo que carrego
imerso numa chuva de lágrimas,
sentir tua voz ecoando em minha boca
apenas uma vez, foi o pior dos meus desejos,
do que antes ainda, ver nos meus sonhos
sua doce e singela face.

Tento decifrar então a beleza
nos sentidos,
na emoção
feridas suturadas, por todo o sangue derramado,
na lágrimas sempre verei o que me fez amar,
caminhar para o abismo.

Esperança pelo tilintar do telefone,
do inexplicável, entusiasta e animador que
sozinho,
me deixou.
Ora querido,
ora odiado.
ora amor?

Outra poesia a qual provavelmente escrevei entre 1998 e 1999.

Prece

Os dedos que tocam a harpa
tocam tantas notas
com seus variados estilos
os quais, somente os animais, sentem
a melancolia da sua prece,
dedos frágeis tocando alto,
nínguém ouve,
ninguém sente,
somente o vento
sabe o que é sofrer este tormento
de não ver mais a luz nos olhos
dos então, chamados,
homens.

Essa foi uma das minhas primeiras poesias, escrevi-a em 1998 ou 1999. Ela é bem pequena, mas descreve a minha alma.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Tesouro esquecido

O vento leva a areia da praia, distante dos olhos
perto do coração.

São pedrinhas pequeninas grãos inacessíveis,
mas como doem os olhos!
No entanto o baú permanece ali enterrado, debaixo de sua terra,
em meio à selva selvagem. O caminho até seu esconderijo é longo...

Quanta força é necessária para carregá-lo?
Como retirá-lo desse buraco?

São necessárias várias mãos para satisfazer desejos,
ânsias por um mundo novo, por novas riquezas
reluzem nos olhos de seus desbravadores.

Com as armas afiadas adentram areia afora,
apesar da ventania,
dos pequenos grãos que ainda permanecem em suas vestes.

O baú encontrado, desenterrado de seu caminho é revirado.
Ávidos piratas o saqueiam, procurando o brilho de suas pedras
Brilhantes que permanecem em seus olhos.
O cansaço superado, ostentam grandeza
sorrisos emaranhados entre folhas, arbustos e gramados.

Atentos observam o começo da nova vida. Entreolham-se seus descobridores.
Certos que um dia a riqueza acaba.
Certos que a nova vida não termina.
Certos que a certeza encabeça a mente dos puros de maneira a se destoar do límpido azul do céu.
Certos da vitória da nova vida, desmontando temores.

Certos, certos, certos, pois a vida é feita de acertos, erros só marcam presença.
Fazem crescer ainda mais a vontade de acertar.

O tesouro esquecido pertence a novos donos,
Conscientes de seu uso parcimonioso
Entendem seu valor, criando novas oportunidades
de gerá-lo sem causar dor.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Um segundo

Um segundo sem seu sorriso
É um minuto que não respiro

Um segundo sem sua voz
É um minuto que não ouço

Um segundo sem seu carinho
É um minuto que não durmo

um segundo sem seus olhos
É um minuto que não enxergo

Um relógio sem voce
é uma vida inteira na procura
procura de algo para marcar o tempo
Tempo e você não coexistem

Sem você o tempo existe
Com você o infinito persiste

domingo, 9 de agosto de 2009

Oração do conselheiro

Ao senhor:
De voz forte, de voz precisa
Fala pouco,
Diz muito.
Pai é um presente, mesmo quando está ausente.
Presente que constrói nosso futuro,
Futuro esse não feito de tijolos, feito de dedos,
De exemplos.
Às vezes seu,
Às vezes não.
Seus conselhos são uma mistura,
São carinhos difíceis de tocar,
Muito fáceis de sentir.
São olhos que veem por um caminho que não é seu,
No entanto, como grande semeador, prepara todo o cultivo
Para os frutos que dali virão.
Seus conselhos são uma prece, pois são sementes ali plantadas!
Entretanto...
Por mais que se prepare a terra!
Por mais que se adube o chão!
São distintos em sentirem:
A chuva,
O sol,
O vento.
Ore então!
A cada noite para esse fazendeiro o qual dificilmente vê o fruto de suas sementes.
Ore, com a palma do coração aberta!
Que ele permanecerá ali, em sua prece divina, toda a vida a lhe cultivar,
a lhe proteger,
Incansavalmente,
de todo o mal.
Amém.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

A Valsa da Neve

Hades, Hades, Hades
porque flutuas pelas cabeças e
entras por cavidades inóspitas.
Me lembras os frios áridos e gélidos de teu Criador,
força arrebatadora que carregas contigo.

Diferente és por seres fogo,
chama ardente de desejos,
difícil de tocar como és o sopro gelado de Cronos,
embora ambos sejam fáceis de ser sentidos.

Tanto o frio quanto o calor,
possuem em sua denominação,
em sua palavra
uma estátua e um moinho.

Ouça a melodia de ser
frio calor
Frio... calorRRRR
Frio... caloRRRRRR
Frio... caloRR

A última volta do “erre” final quente de calor
esbarra no constante “Efe”
Estações Inverno e verão que formam a Valsa da Neve.
Branca
como dias de nuvem no céu.
Amarelo
Como brilhos ofuscantes na água.

É possível escutar sua melodia,
sua canção.
Toques de cristal ecoando pela imensidão da neve.
Durante o inverno as distâncias parecem enormes,
mas os sons se propagam com maior facilidade.

Escutas o leve tilintar das geleiras se desfazendo,
estalactites caindo, fazendo um sonoro agudo em teus ouvidos.
São como sinos em dia de batismo,
anunciando a estação vindoura

São novas emoções
novos caminhos a serem traçados por essa nova estação
que desponta seus raios,
aos poucos iluminando a neve,
se desfazendo de toda a textura
fria e sombria do inverno.

Num piscar se desfazem de toda a dor,
se entregando ao calor arrebatador do verão.
Inclusive os pássaros percebem essa transformação,
lenta quando se olha no espelho,
fulminante quando se toca.

A doçura da estação se mistura a liberdade de roupas leves
sem trançados nem cadeados
O vento discorre livre e solto sem sequer momento algum incomodar, refrescando a mente
esvaziando rios em pensamentos.

Rios que juntos desembocam no mar
a alegria da estação bem-vinda
completam a paisagem,
formando um quadro completo
dessa longa travessia.
Dessa valsa
A qual nunca termina.